terça-feira, 15 de março de 2011

Análise Soleil

Há muitos séculos atrás, numa era longínqua, o mundo estava inundado por uma eterna escuridão, fruto da maldade e crueldade dos monstros que o habitavam. Estes dominavam o mundo, impondo o seu reino e semeando o terror. Não existia um único ser que tivesse a coragem necessária para enfrentar esta ameaça e toda a humanidade se escondia e lutava para sobreviver mais um dia.

Até que a certa altura, um raio de luz desceu dos céus para exterminar todos os monstros, cegando-os e matando-os, iluminando o mundo que se encontrava nas trevas.
Este enorme poder não foi suficiente para acabar com todos os monstros, tendo alguns conseguido fugir e refugiar-se em grutas ou cavernas.
O tempo foi passando e o pouco número de monstros que sobreviveram foram dando continuidade á sua espécie até que o mundo voltou a ser mergulhado num assombroso mar de terror e destruição.
Apenas existia uma solução para travar o desmoronamento da humanidade, a formação de um exército com o objectivo de travar uma guerra contra os monstros.

Soleil ou Crusader of Centy é um rpg de acção lançado em 1994 para a Mega Drive.
O enredo coloca-nos na pele de Corona, um jovem que acaba de completar 14 anos e que recebe a espada e o escudo de seu pai como prenda de aniversário, podendo assim integrar o exército.
Pouco depois do começo do jogo, um feitiço é lançado sobre o nosso herói, e este ganha a habilidade de falar com plantas e animais em troca da habilidade de falar com pessoas. O enredo começa então a mostrar outra cara, e começamos a perceber que os monstros também têm sentimentos e que se sentem injustiçados pela maneira como os humanos os tratam. O nosso objectivo passa então a ser mostrar o lado bom das criaturas ás pessoas.

O jogo apresenta um interessante ‘’sistema de combate’’. Tudo se realiza em tempo real, com os inimigos a aparecerem na própria zona, sendo bastante divertido a evolução de poderes que podemos efectuar, bastando para isso criar-mos amizade com algum monstro e convence-lo a juntar-se á equipa. Podemos utilizar dois monstros de cada vez, e cada um apresenta habilidades únicas para a nossa espada, algumas delas necessárias para avançarmos nos inúmeros puzzles e plataformas que o jogo oferece. A essência do jogo é essencialmente coleccionar todos os monstros.        

A mudança de áreas é feita através de um mapa, onde controlamos Corona por diversos caminhos simples até ao nosso destino, sem que apareça qualquer inimigo durante este modo.
Tendo em conta a época em que o jogo foi lançado, o grafismo está bastante bom. Paisagens coloridas e bem construídas são uma constante e os pormenores apresentados são do melhor que existia na altura. Desde nuvens que se deslocam pelo céu a pegadas deixadas pelos nossos passos na areia, vemos de quase tudo.
O universo de Soleil é bastante vasto e visitamos florestas, vulcões, torres, montanhas, praias e até mesmo o paraíso.

A banda sonora é razoavelmente boa. Cada tema está inteligentemente colocado na altura certa e em geral é bastante agradável o som que nos acompanha durante toda a jornada.

Soleil é um jogo altamente recomendado a todos os que gostam de um bom RPG de acção á moda antiga. Passou bastante despercebido por muita gente, mas isso não tira todo o seu valor. Viciante, divertido e agradável de se jogar, são ingredientes chave que fazem de Soleil um dos melhores jogos da sua época.
PS: Não dei pontuação ao jogo, pois já é bastante antigo e não era correcto atribuir-lhe um número em comparação com os jogos de hoje em dia, pois não é isso que vai fazer o Soleil ser melhor ou pior.

1 comentário:

  1. Exelente Análise! O Soleil sem dúvida é um dos melhores jogos da MegaDrive, têm emoções completamente unicas!
    Continua com as exelentes análises pois tens muito talento!

    ResponderEliminar