terça-feira, 12 de abril de 2011

Análise Resonance of Fate

Resonance of Fate é um dos poucos J-RPG’s disponíveis na actual geração de consolas e é fruto da parceria entre a Sega e a Tri-ace. Aparentemente estamos perante um título tipicamente nipónico, com protagonistas semelhantes a personagens de anime, mas cedo percebemos que Resonance of fate vai muito além dos habituais RPG’s japoneses e consegue inovar com novos conceitos nunca antes explorados que lhe dão uma identidade única.
 Logo no início do jogo o nosso sentimentalismo é posto á prova com uma cena em que Leanne, uma das protagonistas, se pretende matar atirando-se de uma torre bastante alta. A jovem rapariga ganha coragem para se atirar, mas Zephyr, outro dos protagonistas, chega a tempo de a salvar através de um acto bastante heróico.


A nossa aventura decorre num futuro distante, onde o planeta Terra está infectado por camadas de gases venenosos, sofrendo mudanças drásticas no ambiente. A raça humana foi extinta devido  incapacidade para se adaptar ás mudanças ambientais. Os sobreviventes uniram forças e construíram a torre de Basel, um purificador ambiental que purifica o ar em torno da torre. A sociedade começou a refazer-se á volta da torre, construído cidades em seu redor, onde as classes mais altas habitam os andares superiores e as classes mais baixas vivem na base e nos andares inferiores.


A nossa equipa é formada por Vashyron, um homem de 26 anos que serviu as forças armadas, Zephyr, um jovem rebelde de 17 anos que foi descoberto por Vashyron para servir a sua empresa militar como soldado mercenário e Leanne, uma linda rapariga de 21 anos que sente uma amizade especial por Zephyr.

Quando temos o nosso primeiro contacto jogável com o jogo encontramo-nos em Ebel City, á porta de casa dos três protagonistas e podemos percorrer a cidade livremente. Podemos falar com qualquer pessoa e visitar cada canto da cidade. Temos á nossa disposição diversas lojas que podemos visitar, como lojas de roupa, armas e acessórios e a Guild, um género de café onde activamos as missões secundárias. Podemos comprar quase todo o género de roupa e vestir os nossos personagens como bem entendemos, sem que a roupa mude durante as cutscenes, o que é um excelente atractivo para o jogo.

As personagens tornam-se mais fortes através de um sistema de níveis, sistema esse que é comum em RPG’s, mas que aqui apresenta uma face um pouco diferente. As armas disponíveis para cada personagem são pistolas, metralhadoras e granadas e dependendo da experiência da arma utilizada, a personagem irá evoluir de nível. Apesar do curto arsenal de combate, este apresenta um sistema de customização bastante complexo, onde podemos comprar, ganhar ou fazer peças para juntar ás nossas armas tornando-as cada vez mais potentes.

Ao sairmos de Ebel City, encontramo-nos na torre de Basel, um torre constituída por peças hexagonais que obstruem constantemente o nosso caminho e para as remover basta utilizar-mos energy hexes, peças deixadas pela maior parte dos inimigos que derrotamos. Este é o sistema utilizado sempre que nos deslocamos pela torre de Basel. É nestes caminhos que aparecem os nossos inimigos e aparecem de forma aleatória quando menos esperamos.

Algo único em Resonance of Fate é o seu sistema de batalha inovador que mistura combate por turnos com estratégia e acção. Cada personagem tem tempo limite para realizar as suas acções e cabe ao jogador escolher a melhor táctica possível. Para além da comum barra de vida, cada personagem tem também barras heróicas que ao serem activadas independentemente permitem ao personagem deslocar-se numa corrida repleta de saltos e acrobacias espectaculares onde realizam os seus ataques combinados mais fortes. Ao juntar os caminhos das três personagens através das barras heróicas, fica disponível um ataque especial combinado entre os três que é quase morte certa para o inimigo em questão. O sistema de combate é bastante complexo e requer muita dedicação e horas de prática. Para isso podem deslocar-se á arena, onde têm a opção de realizar um tutorial onde aprendem a realizar todas as técnicas e onde podem realizar vários desafios que servem essencialmente para ganhar experiência e dinheiro.

É quase impossível não ficarem deslumbrados através do primeiro contacto visual que têm com o jogo, o grafismo está simplesmente impecável, apesar de pouco colorido e algo mecanizado, consegue surpreender. O design dos personagens está excelente e as cutscenes são dignas de um filme. O único ponto negativo no visual é a excessiva utilização dos mesmos ambientes e cores na maior partes dos cenários por onde passamos.

A banda sonora é toda orquestrada e apresenta temas excelentes que encaixam perfeitamente nas situações onde são utilizados. Podemos escolher entre vozes japonesas ou inglesas, estando ambas bem encaixadas nas personagens, o que acaba por ser definido pelas escolhas pessoais do jogador.

Resonance of Fate é um RPG tipicamente japonês que aposta em inovar e apresenta características muito próprias. É um dos jogos mais complexos e desafiantes da actualidade e é altamente recomendado a todos os que pretendem entrar num novo mundo de J-RPG’s.

Gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Som - 8
Longevidade - 9

Nota final - 8

3 comentários:

  1. Excelente Análise :)
    Continua o optimo trabalho

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  2. Exelente análise =D

    O Bruno têm mesmo um talento unico para isto =D

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  3. ta fixe isto puto so fiquei foi baralhado ao ler a parte "do meio" da analise lol parece se me ser bastante bom apesar de ser sega :P

    Janeiro

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